BLOG DO SÉCULO XXI Bai BLOG DO SÉCULO XXI: 06/02/11

quinta-feira, 2 de junho de 2011

De todas as maneiras






De todas as maneiras
Que há de amar
Nós já nos amamos
Com todas as palavras feitas pra sangrar
Já nos cortamos
Agora já passa da hora
Tá lindo lá fora
Larga a minha mão
Solta as unhas do meu coração
Que ele está apressado
E desanda a bater desvairado
Quando entra o verão

De todas as maneiras que há de amar
Já nos machucamos
Com todas as palavras feitas pra humilhar
Nos afagamos
Agora já passa da hora
Tá lindo lá fora
Larga a minha mão
Solta as unhas do meu coração
Que ele está apressado
E desanda a bater desvairado
Quando entra o verão


Chico Buarque de Holanda

Foi feitiço




Eu gostava de olhar para ti
E dizer-te que és uma luz
Que me acende a noite, me guia de dia e seduz.

Eu gostava de ser como tu,
Não ter asas e poder voar,
Ter o céu como fundo, ir ao fim do mundo e voltar.

Eu não sei o que me aconteceu.
Foi feitiço,
O que é que me deu?
Para gostar tanto assim de alguém,
Como tu.

Eu gostava que olhasses para mim,
E sentisses que sou o teu mar,
Mergulhasses sem medo, um olhar em segredo, só para eu
Te abraçar.

Eu não sei o que me aconteceu,
Foi feitiço,
O que é que me deu?
Para gostar tanto assim de alguém
Como tu.

O primeiro impulso é sempre mais justo, é mais verdadeiro.
E o primeiro susto dá voltas e voltas na volta redonda de um beijo profundo.

Eu...Eu não sei o que me aconteceu.
Foi feitiço,
O que é que me deu?
Para gostar tanto assim de alguém,
Como tu...
Eu...Não sei o que me aconteceu,
Foi feitiço,
O que é que me deu?
Para gostar tanto assim de alguém,
Como tu...Como tu.


André Sardet

DE CORAÇÃO PARA CORAÇÃO





O que separa corações, não é a distância é a indiferença. Há pessoas juntas estando separadas por milhares de quilômetros e outras separadas vivendo lado a lado. Muitas vezes nos importamos com o que acontece no mundo, nos sensibilizamos e pensamos até em fazer alguma coisa, mas nos esquecemos do que se passa ao nosso lado, na nossa casa, na nossa família e até mesmo na nossa vizinhança. Colocamos, sem querer, barreiras entre os corações que nos cercam. A indiferença mata lentamente, anula qualquer sentimento e assim criamos distâncias quando estamos tão próximos. As pessoas se habituam tanto àquelas que convivem com elas que passam a não notá-las mais, a não dar mais importância. Mas se quisermos transformar o mundo, comecemos por transformar a nós mesmos. se quisermos entrar em combates para melhorar algo para o futuro, que esse combate comece dentro de nossa própria casa. Precisamos olhar os que estão ao nosso lado, sempre com olhos novos. Comunicar mais,destruir mais barreiras e construir mais pontes. Precisamos nos dar de coração a coração. A melhor maneira de acabar com a indiferença de uma pessoa em relação a nós é amá-la. O amor transforma tudo. Não permita que as pessoas ao seu lado morram de solidão! Não permita que elas sintam-se melhor fora de casa do que dentro dela. Dê atenção, dê do seu próprio tempo! Comunique-se! Assista menos televisão e converse mais. Riam juntos. Há quanto tempo você não diz para a pessoa que vive ao seu lado, que gosta dela? Nós não recuperamos o tempo perdido. Mas podemos decidir não perder mais. Vamos amar os corações que nos cercam e tentar alcançar novamente aqueles que se distanciaram. Há sempre tempo para se amar. E se não houvesse, o próprio amor seria capaz de inventar! 
(Manuel Bandeira) 
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